Veto do PP deve barrar plano e fazer Reinaldo e Riedel mudarem estratégia
| INVESTIGAMS/WENDELL REIS
A independência do PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve fazer os líderes do PSDB, Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, mudarem os planos para a eleição de deputados no próximo ano.
O grupo foi informado que a coligação terá apenas três partidos, onde encaixará 21 deputados. Entretanto, o PP não deve aceitar receber pelo menos quatro deputados da aliança, o que deve melar a estratégia.
Reinaldo já está praticamente certo com PL e devem acompanhá-lo, Mara Caseiro (PSDB), que disputará vaga de deputada federal, e Zé Teixeira (PSDB), para reeleição. Outros dois deputados, um do PSDB e outro do MDB, também devem acompanha-lo.
O quarteto se juntará a Neno Razuk (PL), Coronel David (PL) e João Henrique (PL), que apesar de oposição, estará no partido comandado por Reinaldo. Sobrarão outros 14 deputados para dois partidos.
Sete serão distribuídos na terceira via, que ainda será escolhida. A torcida é para uma aliança entre MDB, Republicanos e PSDB. Seria o caminho natural de pelo menos sete deputados do grupo que integra a base de Riedel.
Dificuldade no PP
O problema mesmo estará no PP. A federação PP/União tem Gerson Claro (PP), Londres Machado (PP) e Roberto Hashioka (União). Para a conta fechar, precisaria receber quatro deputados do grupo, algo que está longe dos planos das lideranças.
A reportagem apurou que o partido já tem a chapa de deputados montada e não está disposto a receber, goela abaixo, os cinco deputados do grupo. Pesa ainda para o aceite a insatisfação de uma ala do partido diante da falta de espaço no governo.
A transferência dificultaria a vida de filiados que também pretendem conquistar uma das 24 vagas. Nesta lista, o secretário-geral do partido e braço direito de Tereza, Marco Aurélio Santullo, e o ex-prefeito de Dourados, Alan Guedes.