Após ataques de peixes, atrativo em Bonito é reaberto parcialmente com novas medidas de segurança
| DOURADOS AGORA/FLáVIO VERãO
O atrativo turístico Praia da Figueira, em Bonito (MS), voltou a funcionar parcialmente após ser interditado no fim de março devido a uma série de ataques de peixes a banhistas. A liberação foi autorizada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que impôs exigências de segurança para evitar novos incidentes.
Localizada em uma lagoa artificial, a área de banho foi reaberta após a instalação de barreiras físicas destinadas a impedir o acesso de peixes médios e grandes, como o pacu, à região frequentada pelos turistas. A liberação vale para áreas como o bar molhado e a tirolesa. Outras atividades aquáticas seguem suspensas.
De acordo com o proprietário Rafael Braga, a contenção foi instalada na sexta-feira anterior à reabertura e vistoriada pelo Imasul no fim de semana. “A barreira física foi exigida e aprovada. Os peixes que estão na lagoa são da espécie pacu, adquiridos com nota fiscal, laudo técnico e documentação regular', destacou.
A reabertura parcial ocorre em meio a preocupações levantadas por autoridades ambientais. O promotor de Justiça Alexandre Estuqui Júnior explicou que foi solicitado ao Imasul e outros órgãos ambientais a verificação da regularidade da presença dos peixes no local. “Nos preocupamos não apenas com a segurança dos turistas – já tivemos casos de dedos amputados –, mas também com o risco desses peixes, caso sejam exóticos ou híbridos, migrarem para o Rio Formoso, afetando o ecossistema local', alertou.
A repercussão nacional dos incidentes também preocupa o setor de turismo do estado. Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, reforçou que a imagem do destino precisa ser preservada. “Mesmo sendo um caso isolado, a informação se espalha. Bonito foi recentemente certificado como destino carbono neutro, e precisamos manter nossa credibilidade como turismo sustentável e seguro', afirmou.
Segundo registros, em 2025 já foram contabilizados quase 30 incidentes envolvendo mordidas de peixes na Praia da Figueira. Em todo o ano de 2024, foram 64 ocorrências. Como medida adicional, o Imasul determinou que vistorias diárias sejam realizadas antes da abertura ao público.
A expectativa é de que, com as novas medidas, o atrativo volte a operar com segurança, preservando a experiência dos visitantes e o equilíbrio ambiental da região.