MS atinge menor índice de desemprego da história
O resultado coloca o Estado em 4º lugar entre os estados brasileiros com as menores taxas de desocupação
| CORREIO DO ESTADO / KARINA VARJãO
Em Mato Grosso do Sul, a taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano foi estimada em 2,9%, o menor nível da série histórica da pesquisa, que iniciou em 2013. O valor representa uma queda de 1,1 pontos em relação ao trimestre anterior, que foi de 4,0%.
Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD Contínua do segundo trimestre de 2025, que traz informações sobre o mercado de trabalho e características da população.
O resultado coloca Mato Grosso do Sul em 4º lugar entre os estados com as menores taxas de desocupação do país, atrás de Santa Catarina, com 2,2%; Rondônia, 2,3%; e Mato Grosso, com 2,8% de desempregados.
De maio a junho, o Estado tinha 2,3 milhões de pessoas em idade de trabalhar, o que indicou um aumento de 1,8% em relação aos três meses anteriores, onde era 2,26 milhões. Destas, 1,48 milhão estavam na força de trabalho, sendo que 1,43 milhão estavam empregadas e 42 mil, não.
Com relação às ocupações, o nível em MS foi de 62,3% no período, uma alta de 1,4 pont percentual em relação ao trimestre anterior e queda de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.
Em Campo Grande, a taxa de desocupação foi de 4,3%, deixando a Capital em 8º lugar no ranking de menor taxa entre as capitais do País, duas posições a menos que no trimestre anterior.
Empregados
Em Mato Grosso do Sul, o número de empregados cresceu 3,6% entre o primeiro trimestre (onde era 1 milhão) e o segundo trimestre de 2025 (que registrou 1,04 milhão). Divididos em setores, 708 mil estão no setor privado, 233 mil no setor público e 101 mil são trabalhadores domésticos.
No setor privado, o número de pessoas sem carteira de trabalho assinada se manteve estável em relação ao primeiro trimestre do ano, 157 mil (6,2%).
Com relação ao setor público, também houve estabilidade na variação entre os trimestres com relação às pessoas com carteira assinada (28,5%) e entre os militares e funcionários públicos (3,2%). Entre os que não têm carteira, houve alta em comparação ao trimestre anterior (34,3%).
Entre os trabalhadores domésticos com carteira assinada, a variação entre o 2º trimestre de 2024 e o mesmo período neste ano foi considerada estável, sendo de 5,1%, variando 1,4%. Entre os sem carteira assinada, também houve estabilidade entre os mesmos períodos dos anos.
Taxa de informalidade
A população ocupada trabalhando por conta própria no segundo trimestre de 2025 em Mato Grosso do Sul era de 307 mil.
Destes, apenas 163 mil possuíam empreendimentos registrados no CNPJ, enquanto os trabalhadores com CNPJ por conta própria chegou a 101 mil. Entre os empregadores, 62 mil possuíam CNPJ, que corresponde a 83,8%.
A pesquisa calculou a taxa de informalidade das Unidades da Federação considerando as pessoas empregadas no setor privado sem carteira assinada; empregados domésticos sem carteira assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.
Com isso, Mato Grosso do Sul ocupou a sexta posição entre as UFs brasileiras com menor taxa de informalidade (32%). No Brasil, a taxa foi de 37,8%.
Entre as capitais, Campo Grande tem a 3ª menor taxa de informalidade (27,3%).
Nacional
No Brasil, a taxa de desocupação registrada no segundo trimestre de 2025 também foi a menor registrada desde 2012, de 5,8%. Com relação ao primeiro trimestre, a taxa caiu em 18 das 27 unidades da federação e se manteve estável nas outras nove.
A pesquisa mostrou que há mais mulheres sem trabalho (6,9%) que homens (4,8%). Com relação à cor ou raça, o maior índice foi para os pretos (7%) e pardos (6,4%). Para os brancos, a porcentagem ficou abaixo da média nacional, 4,8%.
Entre os graus de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que a dos demais níveis de instrução analisados. A taxa para os que possuem nível superior incompleto foi de 5,9%, quase o dobro ante as que possuem nível superior completo (3,2%).
No segundo trimestre de 2025, o número de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais foi de 1,3 milhão no País, o menor número desde 2014 (1,2 milhão). Esse número representa uma queda de 23,6% em relação ao segundo trimestre de 2024.