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Políticos de Caarapó evitam comentar prisão de Jair Bolsonaro

| CAARAPONEWS


Prefeita, vice e 9 vereadores preferiram o silêncio. Bolsonarista publica vídeo irônico e petista publica fala de Dilma

Políticos de Caarapó preferiram não se manifestar publicamente sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida na manhã deste sábado (22). A prefeita Maria de Lurdes Portugal (PL), do mesmo partido do ex-presidente, não publicou qualquer reação em suas redes sociais. A vice-prefeita Jéssica Valério (PL), apesar de estar filiado ao PL, é conhecida por possuir alinhamento ideológico mais próximo ao presidente Lula — inclusive comemorando publicamente a vitória petista em 2022 — também não fez qualquer pronunciamento. O vereador Moacir Baratelli (PL) igualmente optou pelo silêncio, sem comentários ou referências ao episódio.

O único representante do PL que se manifestou foi o vereador Celso Capovilla. Em suas redes sociais, publicou um vídeo no qual aparece tomando café, acompanhado da frase: “Quando tentam me zoar pela prisão do Bolsonaro e lembro que esse aí é sobre o ‘Lule’.” Na sequência, o vídeo utiliza um áudio que associa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a supostos crimes.

Pelo Partido dos Trabalhadores, o vereador Edson Baratella, o “Professor Pontinha” (PT), também evitou declarações diretas. Ele publicou apenas um story com um discurso antigo da ex-presidenta Dilma Rousseff, feito após o impeachment. No vídeo, Dilma afirma: “A história será implacável com aqueles que, naquela época, se julgavam vencedores com a cassação dela.” Ela acrescenta: “Voltaremos para continuar a jornada rumo a um Brasil onde o povo é soberano.”

Os demais vereadores do município não se manifestaram, optando pela neutralidade diante do caso.

Decisão
Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) por determinação da Polícia Federal, que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida é cautelar, não relacionada ao cumprimento de pena.

Segundo nota oficial, a PF avaliou que uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente à casa do ex-presidente apresentava riscos à segurança de participantes e agentes, contribuindo para a decisão.

Moraes apontou risco de fuga
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes indicou haver indícios de tentativa de fuga por parte do ex-presidente. De acordo com o despacho, foi registrada uma violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro durante a madrugada deste sábado (22).

O ministro destacou que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a ocorrência às 0h08min, indicando violação do equipamento. Moraes afirmou que o fato “constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.


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