Secretário de Educação nomeado por Lurdes (PL) já participou de manifestação contra Governo Bolsonaro
| REDAçãO CAARAPONEWS
Anunciado pela prefeita Lurdes Portugal (PL), na noite desta segunda-feira (23), como novo secretário de Educação de Caarapó, Carlos Vinícius da Silva Figueiredo, ex-secretário municipal de Dourados e também ex-diretor-geral do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), participou de manifestação em 2019, com cerca de mil manifestantes, contra a Reforma da Previdência, conduzida pelo ex-ministro Paulo Guedes, da Economia, do então governo Jair Bolsonaro (PL).
Durante toda sua campanha, a agora prefeita municipal e seu grupo político pregou em tirar o PT e movimentos ligados a ele da secretaria de Educação de Caarapó. No período sem secretário titular da pasta, alguns membros do grupo mais radical da prefeita chegaram a dizer que não aceitariam petista ou com pensamentos ideológicos de esquerda à frente da Educação, o que gera uma tremenda saia justa agora entre o grupo com a escolha de Figueiredo.
Na época, 2019, durante a manifestação, ele aparece dando entrevista a reportagem do portal DouradosNews, que relatava: “Figueiredo (Carlos Vinicios) já antecipou que em caso de permanência das medidas de corte orçamentário (Feitas por Guedes) há risco de prejuízo às aulas do IFMS”, diz trecho da matéria, seguindo mais uma fala atribuída a ele: “O pagamento das conta de luz, água e segurança estão em risco com esses cortes. Sem isso a gente não consegue atender esses alunos e cumprir o propósito da educação”. Carlos Vinicius afirmava ainda, fazendo criticas as medidas de Guedes, que “educação não é gasto é investimento. A educação é imprescindível na formação de profissionais competentes, automaticamente ela beneficia de forma expressiva, a economia do País”, concluiu naquela ocasião.
Protestos – A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) tinha como pauta principal nesta manifestação de 2019 o combate a Reforma da Previdência, conduzida por Paulo Guedes, ministro de confiança de Jair Bolsonaro (PL). Porém, com as medidas que previam o corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais, o movimento ficou mais amplo e reuniu forças com estudantes, pesquisadores, professores e grupos sociais da comunidade acadêmica, muitos deles nas ruas trajando camisetas “Lula Livre” em alusão ao agora atual presidente Luís Inacio da Silva (PT).
José Carlos Brumatti, secretário do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação em Dourados), dizia na época, que a previsão dos educadores para o futuro do ensino básico e superior não era nada animadora, dizia ele:
“O que a gente tem de previsão é que, pra escola pública, é o caos. O que a gente tem observado como estratégia deste governo é a privatização das universidades públicas. Sem falar das propostas de implementação do ensino à distância no nível médio e a diminuição de oportunidades nos concursos públicos com contrapartida de terceirização do serviço do professor”, comentou.
Brumatti relatou também, na época, que uma das estratégias do Governo era distorcer o conceito do professor. “O que esse governo (Bolsonaro) quer é limitar as discussões e criar um ambiente de combate entre aluno e professor”, afirmava o líder do movimento da época, que contou com apoio e a presença do agora secretário de Educação de Caarapó, Carlos Vinicius, que assume a missão no município e será cobrado pela atual gestão em transformar a pasta da Educação do município, com pautas de direita, segundo o grupo político da prefeita Lurdes. (Leia a reportagem publicada na época clicando aqui)
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