Aliança no sigilo ou união de forças? Grupo calcula riscos para a eleição
| INVESTIGAMS/WENDELL REIS
O anúncio feito pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, de que Capitão Contar se filiará ao PL para ser candidato ao Senado movimenta o grupo governista, mas também eleitores do ex-deputado e opositores a Eduardo Riedel (PL).
Todo mundo quer saber até onde vai a parceria entre os antigos desafetos, que disputaram o segundo turno da eleição em Mato Grosso do Sul em 2022.
Contar não foi à posse de Reinaldo, que também não estava presente quando Valdemar anunciou a pré-candidatura dele ao Senado e ambos calculam risco da aliança.
Reinaldo não sabe se Contar trará votos para ele e para Riedel. Isso pode pesar na decisão final de tê-lo ou não como o segundo candidato do grupo.
Contar, por sua vez, teme que seu eleitor não entenda essa aproximação. O grupo próximo a ele já sabe que a maioria do eleitorado dele não apoia a aliança.
Essa dificuldade traz incerteza para a aliança e ainda tem como ingrediente a mais o crescimento de adversários na briga pelo governo. Pesquisas já indicam a possibilidade de segundo turno em MS, o que pode contribuir para decisão final.
Por enquanto, Contar conseguiu o que queria: promessa de filiação e candidatura no PL, sem foto com Riedel e Reinaldo. Entretanto, Reinaldo já declarou que muita água vai rolar até as convenções.
O tempo e os adversários de Contar nessa briga pela vaga no grupo político (Gerson Claro, Nelsinho Trad e Gianni Nogueira) dirão se essas águas trarão Contar para perto ou levarão para bem longe do bloco governista .




