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MS tem quatro vezes mais autônomos que empregadores, mostra estudo

Em 2024, Estado tinha 295 mil trabalhadores por conta própria, volume muito superior ao de donos de negócios

| GABI CENCIARELLI / CAMPO GRANDE NEWS


Vendedor ambulante na região central de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Mato Grosso do Sul registrou 295 mil trabalhadores autônomos em 2023, número quatro vezes maior que o de empregadores, que somou 71 mil, segundo dados da PNAD Contínua divulgada pelo IBGE. A pesquisa revela a forte presença de microempreendimentos e atividades individuais no estado. A formalização mostra-se desigual entre os grupos: 79% dos empregadores possuem CNPJ ativo, enquanto apenas 32,1% dos autônomos são formalizados. O cenário reflete uma tendência nacional impulsionada pela digitalização e expansão das plataformas de serviços.

O dado reforça a presença estruturada de microempreendimentos, atividades individuais e pequenos negócios informais ou de baixa escala, que seguem ocupando parcela significativa da população sul-mato-grossense. No total, os dois grupos somaram 365 mil pessoas, uma queda de 2,9% em relação a 2023.

A pesquisa também mostra que a formalização avança, mas de forma desigual. Entre os empregadores, 79% tinham CNPJ ativo, enquanto entre os trabalhadores por conta própria a proporção era de 32,1%. Ainda assim, o número de autônomos formalizados cresceu em relação a 2023.

 O tamanho do grupo de conta própria também influencia o comportamento econômico do Estado. Como boa parte desses trabalhadores opera com renda variável e depende diretamente do fluxo de serviços e vendas, oscilações na atividade econômica tendem a ter impacto imediato sobre o consumo, especialmente nos segmentos de varejo, alimentação e pequenos serviços.

A predominância desse perfil no mercado de trabalho sul-mato-grossense acompanha tendências observadas em todo o país, onde o crescimento de trabalhadores independentes vem sendo impulsionado por fatores como digitalização, expansão das plataformas de serviços, busca por flexibilidade e dificuldade de inserção em ocupações formais.

Os dados fazem parte do levantamento anual do IBGE, que detalha características adicionais da força de trabalho e permite acompanhar mudanças estruturais ao longo da última década.


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